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Selecionados 2024

O show Instantes (pocket show) traz canções de dois discos autorais do cantor e compositor de trilhas sonoras Aloysio Letra, artista da periferia da Zona Leste, da terra dos Guaianás, Guaianases.

RITMOS - SOM E VOZ

INSTANTES DE ALOYSIO LETRA (POCKET SHOW)

ALOYSIO LETRA

Meu trabalho como cantora e escritora se alinha ao Ubuntu por trazer a bagagem dos nossos ancestrais, representando-a nos palcos através das minhas letras expressas nos livros e músicas que canto, e nas palestras que ministro, empoderando outras mulheres pretas assim como eu, ocupando e se apropriando do nosso espaço de fala.

Além disso, sou porque somos. Nossos antepassados abriram essa porta, e nosso papel é dar continuidade a essa luta, esse grito de liberdade contra a opressão, o sexismo, o feminicídio, o racismo racial e social.

Trago a conexão entre África e Brasil quando interpreto obras de Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Cartola, Pixinguinha, Geraldo Filme, Toniquinho Batuqueiro, dentre outros.

Acredito que, através da arte, podemos lapidar esmeraldas, salvar vidas, acolher, e ocupar nosso espaço sem medo, juntos e firmes nessa caminhada que ainda tem muito a fazer. Gratidão pela oportunidade.

RITMOS - SOM E VOZ

GUERREIRA

ESMERALDA ORTIZ

A apresentação do show CARIACICA é um teletransporte para a experiência de um show de rua, trazendo a teatralidade, palhaçaria e poesias do menino Quixote. Ele, DJ e backing vocal, tocam músicas autorais com influência de reggae, rap, rock, jazz, samba e tudo mais que sua alquimia sonora única permite. Todas as músicas foram produzidas por Quixote, e o espetáculo convida o público a ter um olhar mais sensível e crítico sobre o mundo à sua volta, além de conhecer um pedaço do Espírito Santo e de Cariacica, sua cidade de origem. Em busca do seu resgate ancestral e pessoal nas músicas, o artista expande esse resgate para uma retomada coletiva. Levando o público para uma viagem que é tanto lúdica quanto realista, a banda consegue mesclar músicas de denúncia social, autocuidado, reflexões eloquentes e resgate ancestral, sempre com uma sonoridade característica, fazendo com que as mensagens passadas nas músicas fiquem ecoando na mente de quem as escuta.

HIP HOP

CARIACICA

QUIXOTE

Meu projeto se alinha diretamente à temática do Festival Ubuntu – “O Encontro da África com o Brasil” ao valorizar e promover as raízes culturais afro-brasileiras, ressaltando a importância do legado africano em nossa identidade. Através da música, do cenário e das performances, buscamos homenagear as tradições de matriz africana, como os ritmos, cantos e histórias presentes nos terreiros e na cultura negra do Brasil. O projeto também propõe diálogos contemporâneos sobre a luta contra o racismo e a preservação dessas tradições, conectando passado e presente de maneira simbiótica e celebrando a união entre África e Brasil.

HIP HOP

LOUVOR DE TERREIRO

ZK E CANDOMBANDA

As bonecas Abayomi são patrimônio material e imaterial do encontro entre África e Brasil. Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos navios que realizavam o transporte de escravos entre África e Brasil, as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e, a partir deles, criavam pequenas bonecas feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas são símbolo de resistência e conhecidas como Abayomi (Abay = encontro e Omi = precioso em Iorubá). Elas foram trazidas por uma das maiores etnias do continente africano, cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim. Além da transmissão de conhecimentos sobre a feitura das bonecas, este trabalho discute o legado de Waldilena Martins, pioneira da confecção da boneca Abayomi no Brasil: “Waldilena Martins, ou Lena Martins para os mais chegados, educadora popular e militante do Movimento das Mulheres, liderou a confecção das bonecas no Brasil no final dos anos 1980, ao mesmo tempo em que o Movimento Negro organizava uma marcha para lembrar os 100 anos da abolição” (Geledés, 2015).

ARTES PLÁSTICAS, VISUAIS E MANUAIS

ABAYOMI

DARÍLIA FERREIRA

Meu trabalho artístico dialoga diretamente com a temática do Festival Ubuntu – “O Encontro da África com o Brasil” ao explorar a produção artística negra por uma matriz afrocentrada nas artes visuais, valorizando o legado cultural africano e suas conexões na diáspora pindorâmica. Através de minhas obras e pesquisa na pintura, desenho e tridimensional, reflito sobre a subjetividade do homem negro e como resgatar o legado cultural africano, além de abordar narrativas ancestrais e a luta contra a invisibilidade e o racismo.

ARTES PLÁSTICAS, VISUAIS E MANUAIS

MEU CORPO QUE TE ABRIGA

DIOGO NÓGUE

Dona Rita do Tabuleiro, quem derrubou meu companheiro!? Gingando entre as raízes senegalesas do Sabar, memórias do Mestre Griot Marquinhos Simplício e as rodas de Tiririca paulistana, o espetáculo embarca nas histórias da população preta nas ruas de São Paulo, homenageando figuras como Toniquinho Batuqueiro e Pato N'água, em meio às glórias e violências urbanas.

Percussão e sambas cantados ao vivo contornam as cenas e coreografias que esquivam o nosso povo da bala.

RITMOS - CORPO

CÊ NÃO ME PEGA NA BALA, É DIFICIL

CAMILA SILVA

RITMOS - CORPO

ESPETÁCULO AVOAPÉ

RODRIGO ALCÂNTARA

O filme recupera a rica história da tríade formada pelo casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira com o inseparável Estandarte: o símbolo maior que unifica Escola de Samba, comunidade e território. A arte corporal africana presente na dança do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira é apresentada em toda a sua magia: uma combinação de corpos que bailam e improvisam no miudinho, com gestos de fundamento baseados na função histórica de proteção e apresentação imponente do Estandarte diante de sua comunidade. Um tributo ao encanto dos guardiões e guardiãs que giram a bandeira defendendo a magia do carnaval.

Proponho, a partir do filme, uma roda de conversa trazendo os seguintes temas:

A historicidade do estandarte: a bandeira do carnaval como símbolo de resistência.

Corporeidade e masculinidade negra.

A importância da capoeira na dança do carnaval.

Impacto no território: a importância do filme, como ele impacta o território e fortalece nossa ancestralidade.

PESQUISA EM ÁUDIOVISUAL E NOVAS TECNOLOGIAS

GIRA BANDEIRA - PELOS CANTOS DA CIDADE

AKINS KINTÊ

O filme Matriarcas é produzido e protagonizado por mulheres pretas de periferia, e seu intuito é valorizar e reconhecer essas vozes de mulheres que são tão importantes, mas que costumam ser invisibilizadas. Historicamente, as mulheres têm grandes contribuições na história do Brasil e do mundo. Falando especificamente sobre o Brasil, desde quando essas mulheres foram trazidas da África, elas têm dado uma grande contribuição, no entanto, não são reconhecidas. Seja na oralidade, trazendo esses conhecimentos, seja na economia do cuidado, cuidando, e na época da escravatura com outras questões, como cuidar dos filhos brancos, passando a cultura à sua maneira, mesmo com tanta opressão, conseguindo trazer identidades afro-brasileiras, como o "pretuguês" (termo cunhado por Lélia Gonzales), que é a língua que falamos hoje; esse português que não é o português da Europa, esse português que tem forte influência da África, seja na forma como pronunciamos, no calor das palavras que usamos. E essas são grandes contribuições que mulheres pretas têm na nossa sociedade, mas muitas vezes não são reconhecidas. Então, no filme, elas vêm falar sobre seus conhecimentos, sobre suas trajetórias, sobre a medicina ancestral, sobre como utilizar o poder das ervas e plantas, que as curandeiras nos ensinaram, sobre esse lugar curativo dos chás e sobre vários aspectos que podem nos ajudar. Elas também falam sobre as grandes referências, mulheres pretas como Dandara de Palmares, Tereza de Benguela, Luísa Mahin, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e muitas outras, que são grandes matriarcas e referências que movimentam, disseminam e permanecem para que essa cultura esteja viva, e para que a tradição afro-brasileira continue sendo transmitida por muitas outras gerações.

PESQUISA EM ÁUDIOVISUAL E NOVAS TECNOLOGIAS

MATRIARCAS

LUA SANTANA

O “Sarau Africanidades” é a celebração dos encontros que transcendem oceanos. É o encontro da música com a poesia, da palavra com o corpo e com a voz. É o encontro da África com sua diáspora.

Artistas africanos dividem o palco com artistas brasileiros que já estiveram em solo africano, promovendo um sarau que, além de muita música e poesia, é também recheado de histórias, vivências e aprendizados.

O “Sarau Africanidades” também oferece um espaço de microfone aberto para que o público participe dessa celebração, contando, cantando e/ou recitando seus textos.

LITERATURA

SARAU AFRICANIDADES

CLEYTON MENDES

LITERATURA

TRAVESSIAS AFRO-DIASPÓRICAS: CONEXÕES ENTRE A ÁFRICA E O BRASIL ATRAVÉS DOS OLHARES DE UMA VIAJANTE NEGRA

REBECCA ALETHEIA

A obra traz ao palco o encontro de duas figuras importantíssimas na palhaçaria brasileira, no tão marginalizado universo circense, e que tiveram um final de carreira e de vida muito aquém da grandiosidade que tinham: de um lado, Benjamim de Oliveira, o primeiro palhaço preto a ser reconhecido no Brasil, e que é tido como pai do circo-teatro, atuando como ator, palhaço, músico, malabarista e empresário; do outro lado, Piolin, que nasceu em uma família circense no interior de São Paulo, teve o maior circo do Brasil até o início dos anos de 1980, mas teve um final de vida marcado pela falência do circo e seu estado de saúde debilitado.

TEATRO

O FABULOSO ENCONTRO DOS PALHAÇOS PIOLIN E BENJAMIM

FABIANA BRITO

"Uma peça-festa-celebração" é uma das definições possíveis para o espetáculo Reza Cotidiano, que faz parte do projeto Sonhei que Acordava, do coletivo Negrur4. Composto inteiramente por pessoas racializadas, em sua maioria provenientes da periferia, o coletivo traz em sua essência o festejar da vida e da cultura afro-brasileira. Também buscamos resgatar, por meio de mitos fundadores, estratégias de cura e sobrevivência que permeiam o nosso cotidiano, dialogando diretamente com o tema proposto pelo festival nesta edição.

Para a criação do processo, o coletivo se propôs a recontar itãs da mitologia iorubá, partindo da seguinte provocação: "Se os orixás caminhassem entre nós hoje, você os reconheceria?" Essas reflexões nos levaram a um diálogo entre a musicalidade brasileira e afro-diaspórica, entrelaçada com nossas vivências enquanto jovens pretos e periféricos, regidos por Obaluaiê, o senhor da cura e quem conduz a comunicação nesta obra.

No espetáculo, voltamos nosso olhar para as situações cotidianas que enfrentamos, buscando curá-las na raiz de nossas feridas. Seja os meninos/Exu curtindo um lazer no baile funk, interrompidos pela violência policial; seja pela branquitude que tenta, de todas as formas, brecar nossos caminhos; ou até quando esquecemos de celebrar a concretude dos nossos sonhos. Nestes momentos, é necessário retornar ao abraço de nossas mães/Ayabás, que cuidam de nós, lutam por nós e nos acolhem.

Reluzir essas vivências pretas e periféricas é um dos pilares do coletivo, assim como do festival, que se propõe a: “Dar voz a projetos, artistas e coletivos que evidenciam e têm como objetivo a conscientização histórica da temática do festival.”

Outro aspecto importante do nosso espetáculo é a valorização de símbolos da música brasileira, através do uso de samples, especialmente clássicos do rap, que nos conduzem por diferentes ritmos, lugares, tempos e espaços durante a apresentação. Sampleando Racionais MC’s, Dexter, Nelson Cavaquinho e o ijexá de Xangô.

Na encenação, somos preenchidos por referências negras brasileiras. Utilizamos estudos baseados na obra Ori, de Beatriz Nascimento, historiadora e poeta negra, que define para nós o conceito de "corpo transatlântico". Ela afirma que os corpos pretos brasileiros e afro-diaspóricos mantêm uma conexão umbilical com o continente africano e que só alcançarão a "libertação" das violências coloniais quando se colocarem em estado de festa e aquilombamento, transformando o corpo no próprio quilombo. Os atuantes se apropriam desse conceito para explorar a corporalidade em cena.

Além da possibilidade de troca artística dentro do tema proposto, a espacialidade do CÉU Carrão, um equipamento cultural público e gratuito localizado no centro expandido rumo à zona leste, facilita o acesso tanto do coletivo quanto do público proveniente do centro e das periferias.

Acreditamos profundamente na potência desse encontro, e que a presença do espetáculo Reza Cotidiano no Festival Ubuntu possibilita o sonho ancestral de vislumbrar novas possibilidades para o futuro.

TEATRO

REZA COTIDIANO

MAURÍCIO SASÍ

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